O Que é o Conclave?

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O conclave é um dos momentos mais importantes e emblemáticos da Igreja Católica.

Trata-se da reunião secreta de cardeais, realizada na Capela Sistina, no Vaticano, com o objetivo de eleger o novo Papa.

O termo “conclave” vem do latim “cum clave”, que significa “com chave”, em referência ao isolamento dos cardeais durante o processo eleitoral.

Quando o Conclave acontece?

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O conclave começa no dia 07/05/2025 e não tem um tempo determinado para a duração do conclave.

Ele pode durar de alguns dias a várias semanas, dependendo da complexidade da eleição. Os cardeais ficam reclusos na Casa de Santa Marta, no Vaticano, e se deslocam para a Capela Sistina para as votações.

Durante o conclave, eles não têm contato com o mundo exterior, a fim de evitar pressões ou influências externas.

Quem participa do conclave?

São 133 cardeais representando 71 países!

Apenas os cardeais com menos de 80 anos na data da vacância da Sé Apostólica (morte ou renúncia do Papa) têm o direito de participar do conclave.

Quem são os possíveis sucessores do Papa Francisco?Atualmente, cardeais de diversas nacionalidades compõem o Colégio Cardinalício e refletem a universalidade da Igreja Católica.

Quem são os possíveis sucessores do Papa Francisco?

Antes do conclave, os especialistas costumam especular sobre os cardeais que eles consideram “papáveis”, ou seja, aqueles que, segundo eles, têm maiores chances de se tornar Papa. No entanto, o processo eleitoral é secreto e imprevisível, e muitas vezes o eleito surpreende a todos.

Embora seja impossível prever com certeza quem será o próximo Papa, alguns nomes que podem surgir como possíveis candidatos e suas tendências incluem:

1. Cardeal Pietro Parolin – Itália

Parolin formou-se em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana e conquistou reconhecimento como um articulador discreto e eficaz, qualidades que o tornaram uma figura influente no Vaticano. Parolin fala italiano nativo, inglês, francês e espanhol.

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2. Cardeal Matteo Zuppi – Itália

Zuppi é presidente da Conferência Episcopal Italiana e membro da Comunidade de Sant’Egidio, um movimento católico dedicado à paz e ao diálogo inter-religioso. Também foi o enviado especial do Papa para o conflito na Ucrânia, tendo visitado Kiev, Moscou, Washington e Pequim nessa função.

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3. Cardeal Pierbattista Pizzaballa – Itália

Como líder da Igreja Católica no Oriente Médio, o italiano é frequentemente elogiado pelo trabalho em prol do diálogo inter-religioso entre cristãos, judeus e muçulmanos. Embora mantenha laços estreitos com líderes judeus, também tem sido um defensor vocal dos palestinos durante o conflito em Gaza, tendo visitado o enclave no final do ano passado.

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4. Cardeal Luis Antonio Tagle – Filipinas

Tagle é conhecido por seu compromisso com a justiça social, o combate à pobreza e a defesa dos direitos humanos, além de ser defensor do diálogo inter-religioso.

5. Cardeal Pablo Virgilio Siongco David – Filipinas

É autor, em nível acadêmico e popular, de diversas publicações sobre a Sagrada Escritura. Em 27 de maio de 2006, o Papa Bento XVI o nomeou bispo titular de Guardialfiera e bispo auxiliar de San Fernando, e o consagraram em 10 de julho seguinte. Em 14 de outubro de 2015, o nomearam bispo de Kalookan.

6. Cardeal Peter Turkson – Gana

O cardeal já se manifestou sobre questões como crise climática, direitos humanos, pobreza e justiça econômica, e muitos o consideram capaz de dar continuidade às reformas mais progressistas iniciadas por Francisco, caso o escolham.

7. Cardeal Fridolin Ambongo Besungu – República Democrática do Congo

 Além de suas responsabilidades arquidiocesanas, o cardeal tem se destacado como defensor da paz e da justiça social na RDC.

8. Cardeal Jean-Marc Aveline – França

Alguns especialistas (sobretudo franceses) o citam como o “favorito” de Francisco para sucedê-lo, considerando-o o mais “bergogliano” dos bispos do país. O Pontífice o nomeou cardeal em 2022, e muitos o conhecem por sua dedicação a questões de imigração e diálogo inter-religioso.

9. Cardeal Péter Erdo – Hungria

conhecido como conservador, é muito ativo na chamada nova evangelização, que luta contra a secularização em defesa do diálogo inter-religioso. Dada a localização na Hungria, onde o Oriente se encontra com o Ocidente, não é surpresa que Erdo seja o líder das relações católicas com as igrejas ortodoxas — ele também mantém contato com líderes da comunidade judaica.

10. Cardeal Cristóbal López Romero – Espanha

Sua atuação se destaca pelo diálogo inter-religioso no contexto de maioria muçulmana no país e pelo incentivo ao instituto teológico ecumênico “Al Mowafaqa”. Em 2019, acolheu o Papa Francisco durante sua visita ao Marrocos. Seu lema episcopal é Adveniat Regnum Tuum (“Venha a nós o Vosso Reino”).

11. Ángel Fernández Artime – Espanha

Em 11 de março de 2020, foi confirmado para um segundo mandato de seis anos (2020–2026) como Reitor-Mor dos Salesianos. Em 5 de março de 2024, o Papa concedeu ao cardeal Fernández Artime a sede titular de Ursona, com dignidade de arcebispo, em preparação para sua ordenação episcopal, marcada para 20 de abril.

12. Cardeal José Tolentino de Mendonça – Portugal

Antes de assumir seu papel no Vaticano, Tolentino foi arquivista e bibliotecário da Santa Sé, além de reitor da Pontifícia Universidade Católica Portuguesa. Ele fala português e italiano fluentemente e inglês razoável, além das línguas clássicas hebraico e grego antigos.

13. Cardeal Sérgio da Rocha – Brasil

Antes de assumir a arquidiocese de Salvador, o paulista Rocha foi arcebispo em Teresina e em Brasília. Em 2021, Dom Sergio da Rocha foi nomeado membro da Congregação para os Bispos pelo Papa Francisco. A Congregação para os Bispos é um dos principais organismos da Cúria Romana, que cuida da criação das dioceses, da nomeação de bispos, das visitas “ad Limina” e dos encontros de bispos novos. Em 2023, foi nomeado integrante do Conselho de Cardeais.

14. Cardeal Mario Grech – Malta

Grech é conhecido por sua abordagem pastoral e pelo foco em questões relacionadas ao diálogo inter-religioso e justiça social.

15. Cardeal Robert Francis Prevost – EUA

Em 2023, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos, substituindo o cardeal Marc Ouellet. Sua função principal é auxiliar nas nomeações e transferências de bispos. Naquele mesmo ano, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco. É frei, religioso da Ordem de Santo Agostinho.

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É importante ressaltar que essas são apenas especulações e que o resultado do conclave é sempre imprevisível.

O ritual da fumaça

Um dos momentos mais aguardados do conclave é a queima das cédulas de votação, que gera a famosa fumaça que indica o resultado da eleição.

Se a votação não chega a um consenso, as cédulas são queimadas com palha úmida, produzindo fumaça preta (“fumata nera”), o que significa que nenhum Papa foi eleito.

Quando os cardeais conferem a um candidato o número necessário de votos (dois terços dos presentes), eles queimam as cédulas com palha seca, produzindo fumaça branca (“fumata bianca”) para indicar que escolheram um novo Papa.

A fumaça é um sinal para o mundo de que a Igreja Católica tem um novo líder. Milhares de pessoas se reúnem na Praça de São Pedro, no Vaticano, para acompanhar a expectativa da fumaça e saudar o novo Papa.

Curiosidades e peculiaridades do conclave

A Capela Sistina é o local tradicional do conclave desde o século XV.
As votações são realizadas em segredo, com cédulas de papel.
Os cardeais fazem um juramento de sigilo, prometendo não revelar informações sobre o conclave.
O cardeal mais idoso entre os eleitores preside o conclave e pergunta ao eleito se ele aceita o cargo de Papa.
Após a aceitação, o novo Papa escolhe seu nome pontifício e se apresenta à multidão na Praça de São Pedro.
O conclave é um momento de oração, reflexão e discernimento para os cardeais, que buscam a orientação do Espírito Santo na escolha do novo Papa.

Conclusão

O conclave é um evento histórico e religioso de grande importância para a Igreja Católica e para o mundo.

É um momento de transição e esperança, em que os cardeais se unem para escolher o novo líder que guiará a Igreja nos próximos anos.

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